No De - Correr da vida

Questionando questionamentos...

Tudo o que hoje preciso realmente saber, sobre como viver, o que fazer e como ser, eu aprendi no jardim de infância. A sabedoria não se encontrava no topo de um curso de pós-graduação, mas no montinho de areia da escola de todo dia.

Estas são as coisas que aprendi:
  1. Compartilhe tudo;
  2.  Jogue dentro das regras;
  3.  Não bata nos outros;
  4.  Coloque as coisas de volta onde pegou;
  5.  Arrume sua bagunça;
  6.  Não pegue as coisas dos outros;
  7.  Peça desculpas quando machucar alguém; mas peça mesmo !!!
  8.  Lave as mãos antes de comer e agradeça a Deus antes de deitar;
  9.  Dê descarga; (esse é importante);
  10. Biscoitos quentinhos e leite fazem bem para você;
  11. Respeite o limite dos outros;
  12.  Leve uma vida equilibrada: aprenda um pouco, pense um pouco... desenhe... pinte... cante... dance... brinque... trabalhe um pouco todos os dias;
  13. Tire uma soneca a tarde; (isso é muito bom);
  14. Quando sair, cuidado com os carros;
  15.  Dê a mão e fique junto;
  16.  Repare nas maravilhas da vida;
  17.  O peixinho dourado, o hamster, o camundongo branco e até mesmo a sementinha no copinho plástico, todos morrem... nós também.
Pegue qualquer um desses itens, coloque-os em termos mais adultos e sofisticados e aplique-os à sua vida familiar, ao seu trabalho, ao seu governo, ao seu mundo e vai ver como ele é verdadeiro, claro e firme. Pense como o mundo seria melhor se todos nós, no mundo todo, tivéssemos biscoitos e leite todos os dias por volta das três da tarde e pudéssemos nos deitar com um cobertorzinho para uma soneca. Ou se todos os governos tivessem como regra básica, devolver as coisas ao lugar em que elas se encontravam e arrumassem a bagunça ao sair. Ao sair para o mundo é sempre melhor darmos as mãos e ficarmos juntos. É necessário abrir os olhos e perceber que as coisas boas estão dentro de nós, onde os sentimentos não precisam de motivos nem os desejos de razão.



"O importante é aproveitar o momento e aprender sua duração, pois a vida está nos olhos de quem souber ver"...



Pedro Bial

Meus olhos se encontraram numa imensidão de água...
Uma coisa estranha!
Passei a perceber um sofrimento nos momentos de alegria, 
Como se a paz houvesse se transformado na guerra!

O mar, tão sábio, se fez marrom.
No céu uma cor desconhecida, fria, triste...
Nunca tinha visto tamanha escuridão naquela praia...
Nunca tinha visto tanta sofreguidão naqueles monstros de ferro!

Destruíram tudo, 
Passaram por cima de filhos, pais, avós!
Esmigalharam sonhos, desejos, amores...

Ouvir gritos e motores,
Vi fogo e destroços...
Me perdi nas lembranças de infância...
Não via mais a barraca que costumava ir!

A orla, virou um ermo...
Sinonimo, desespero!
Fim de devaneios...

Bom, acho que os blogs alheios tem me inspirado! Agora foi um comentário do blog de Wellington que inspirou outro poemas....

O post:


O comentário:

Preciso comentar,
Isso não deixaria passar.
Engraçado, põe-se a rimar
E o que sempre vem lhe alcançar
Me mostra algo impar.
Como um amor que não há de acabar,
Como uma dor que não há de passar...

Como assim poderá ficar?
O que passou não voltará
E lembranças não podem se prolongar
Na vida que há de andar...
É bom recordar
Mas, você não pode deixar
Os pedacinhos do caminhar
O lugar tomar
Daquilo que acontecerá!


 

Lendo um blog de um amigo - MJK - pude, sem querer, escrever coisas em mim guardadas e escondidas que hoje me atormentam constantemente! É estranho pensar como podemos responder certas questões partindo de outro pontos de vista. Enfim... postei aqui a pergunta final que ele fez no post "Além disso..." e o coméntário no qual eu escrevi no seu blog...


"Será q estamos aproveitando ao máximo nossas vidas?
A rotina é uma corrente q nos priva dos melhores momentos..."

Meu Comentário:

A culpa será do tempo ou nossa que não sabemos como encontrar os "momentos" no decorrer da rotina?

As vezes, me pergunto se essa aceleração traiçoeira da vida nos permite viver aquele momento que acreditamos não nos privilegiar pelo falto de não nos trazer grandes emoções... descobri, e não foi da melhor forma, que não!

Tudo acontece tão rápido, nos envolve tão depressa que, quando percebemos estamos aos berros amaldiçoando aquela pessoa até a milésima geração. E quando tudo isso acaba é, justamente dela que sentimos falta, dos momentos, das gargalhadas, das conversas no pátio do colégio...

Engraçado, como o valor é empregado! Engraçado como a vida e, a maldita rotina nos ingessa, nos trava, nos deixa, incrivelmente, desumanos... sim, desumanos!

Nos transformamos, no decorrer do tempo, em máquinas que fazem o trabalho que precisam fazer, falam o que precisam falar, veem o que precisam ver... se perdem em seus próprios afazeres, se perdem em sua própria imagem refletida naquele estranho objeto chamado espelho... seus sonhos são abandonados por falta de tempo!

Nesse ponto percebemos quem eramos e no que nos tranformamos... o tempo, a rotina, os momentos... palavras que tomam conta de todas as palpitações, de todos as emoções, de todos os aconchegos antigos! É nesse ponto em que não mais nos encontramos....
Hoje, eu preciso saber quem eu era e quem eu sou pois, se eu não parar nesse momento sei que não mais me encontrarei entre os convidados eternos da festa, que é a minha vida!

Não direi:
Que o silêncio me sufoca e amordaça.
Calado estou, calado ficarei,
Pois que a língua que falo é de outra raça.

Palavras consumidas se acumulam,

Se represam, cisterna de águas mortas,
Ácidas mágoas em limos transformadas,
Vaza de fundo em que há raízes tortas.

Não direi:

Que nem sequer o esforço de as dizer merecem,
Palavras que não digam quanto sei
Neste retiro em que me não conhecem.

Nem só lodos se arrastam, nem só lamas,

Nem só animais bóiam, mortos, medos,
Túrgidos frutos em cachos se entrelaçam
No negro poço de onde sobem dedos.

Só direi,

Crispadamente recolhido e mudo,
Que quem se cala quando me calei
Não poderá morrer sem dizer tudo.

José Saramago

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"Não sou aluno daqueles que se contentam em repetir os discursos alheios, sem questionar seus conteúdos."

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Para quem esteve aqui...

Obrigado por ler aquilo que dentro de mim faz revolução!
Espero que me ajudem a acalmar os meus soldados!

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